Face à tragédia pandémica, era o dever de todos, contribuir com a ajuda possível.

A ASDS concentrou o essencial dos seus meios de apoio em 2020 e início de 2021 numa linha de “Emergência Covid”, a qual permitiu suprir algumas necessidades básicas de numerosas famílias carenciadas.

Graças à colaboração de Instituições como a AESS, a Cozinha com Alma, a Cooperativa Rumo, foi possível adquirir e distribuir bens alimentares e de primeira necessidade a adultos, jovens e crianças de várias áreas da Grande Lisboa (Loures, Barreiro, Cascais, Corroios)

Foi também correspondido o pedido de apoio de várias corporações de bombeiros (Porto, Campo de Ourique em Lisboa, Póvoa de Sta. Iria, Barreiro) para aquisição de equipamentos para operações de emergência Covid (termómetros infravermelhos).

Com o aumento dos meios da associação, o apoio a famílias carenciadas nas zonas suburbanas tem sido mantido no período de inverno.

A ASDS, à sua modesta escala, não pode ficar alheia às grandes problemáticas nacionais.

As consequências trágicas dos incêndios florestais de 2017 ilustraram, mais uma vez, a capacidade de mobilização solidária do povo português, revelando, ao mesmo tempo, as carências estruturais às quais se tornou urgente responder.

Não competindo à ASDS suprir fragilidades dos poderes públicos nem diluir os seus meios, optou-se por tentar encontrar um ponto de aplicação onde o apoio da associação pudesse revestir algum significado.

O projeto a apoiar tinha que preencher os seguintes requisitos:

• promover formas inovadoras de solidariedade e inclusão social,
• constituir um contributo para a valorização do património agro-florestal tão ameaçado pelas consequências das alterações climáticas,
• beneficiar comunidades de regiões desfavorecidas do interior, sendo o despovoamento e o abandono das terras uma das grandes causas dos incêndios.

É nestas condições que firmamos um protocolo de cooperação com a AEPGA – Associação para o Estudo e Proteção do Gado Asinino, em Miranda do Douro (Trás-os-Montes)

O primeiro projeto a ser apoiado pela associação, intitulado “Burrada”, constitui uma experiência – piloto de utilização do gado asinino para limpeza do mato e florestas, reduzindo o risco de incêndios.

Este projeto beneficia de acompanhamento técnico e monitorização pelo Instituto Politécnico de Bragança.